* Solitária Canção *




Protejo-me de mim mesma

Em frágil redoma

Onde contemplo minhas vicissitudes

Traspassadas por enigmáticas atitudes


Sentimentos falam de mim

O que eu mesma não decifrei

Palavras me retalham por fim

Em versos que eu simplesmente inventei



Em minha bojuda campânula

Permaneço alicerçada a inexoráveis mistérios

Enjambrada nesta perene cúpula

Onde se ramificam segredos etéreos


Divago em sonhos evaporáveis

Resquícios de uma ébria ilusão

Nutrindo esperanças que julguei indenizáveis

Perco-me no arpejo da minha solitária canção


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