Oh, grande Ámon-Rá,
Que rege as dunas e o sol,
Que silencia o homem
Com o silêncio do furacão!
Que percorre o deserto
Causando miragens
Em mórbidas pinturas,
Iludindo os maus beduínos
Afogando-os no oceano de areia.
Oh, grande Ámon-Rá!
Por misericórdia,
Não desvies tua atenção;
Não deixes livres por esta terra
A fome, a sede e a guerra -
Sementes da destruição!
A humanidade, outrora soberba,
Agora jaz em cova rasa, sem epitáfio,
A espera do teu julgamento.
O silêncio é rompido:
É Anúbis, o deus chacal!
O princípio do fim,
O juízo final.
Do Livro: O Anjo e a Tempestade,(Agamenon Troyan)
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