Protejo-me de mim mesma
Em frágil redoma
Onde contemplo minhas vicissitudes
Traspassadas por enigmáticas atitudes
Sentimentos falam de mim
O que eu mesma não decifrei
Palavras me retalham por fim
Em versos que eu simplesmente inventei
Em minha bojuda campânula
Permaneço alicerçada a inexoráveis mistérios
Enjambrada nesta perene cúpula
Onde se ramificam segredos etéreos
Divago em sonhos evaporáveis
Resquícios de uma ébria ilusão
Nutrindo esperanças que julguei indenizáveis
Perco-me no arpejo da minha solitária canção
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