DELÍRIO




Manhã que nasce preguiçosa
E chega com graça, silenciosa
A espera da nossa noite, deliciosa

A embriaguez do nosso insano amor
Sufoca as minhas palavras, minha linda flor
E como um espinho que sou, sem pudor
Em teu ventre, derramo meu ardor

Teu pecado, tingido de afago
Despertou em mim o brado, em ti desejado
E a minha alma ao teu amor se inclina,em meu coração hospedado

O toque das tuas mãos tremulas em meu corpo, é puro fascínio
Olhos, lábios e dedos, deslizam pelo teu seio
Enrijeço em sublime delírio
E atiro-me, sem reservas, nesse louco anseio


Juarez Florintino Dias Filho

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