A Morte da Esperança





Os ventos da incerteza estremeceram
os imponentes pilares da razão
E os sublimes sentidos
converteram-se em inúteis suposições


Desbotaram-se as cores do horizonte
Enegreceu-se o inevitável limite
O sorriso de criança foi sepultado no mar do esquecimento
E cicatrizes profundas ocuparam o lugar da fé

No peito, a dor do abandono aumenta...


A chuva é ácida; o sol doentio
Os campos são vastos em desolação
A terra, estéril, vem renegando o desejo à flor
O todo, lentamente, vai sendo tragado pelo nada


A noite não mais trás o sono
O descanso permanece apenas na lembrança
O brilho da lua só existe em livros fechados
A paz deixou de ser vivido
No peito, a dor do abandono aumenta...
Assim morre a esperança!

Juarez Florintino Dias Filho

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